Alberto Sayão fala sobre o ensino da engenharia no Brasil

Em entrevista à Revista Engenharia Civil (Editora Rudder, SP), na edição de agosto de 2013, o ex-presidente da ABMS e professor de engenharia geotécnica da PUC-Rio há mais de 30 anos, Alberto Sayão, discorreu sobre o ensino da engenharia no Brasil. Para Sayão, as universidades brasileiras ainda têm currículos teóricos, dando pouca ênfase à prática. Prova disso é a prioridade dada a professores doutores, com dedicação integral a atividades acadêmicas, sem, portanto, valorizar a atuação prática. O mercado, por outro lado, demanda profissionais com experiência prática, mas os jovens saem das universidades com muita bagagem teórica. Sayão sugere ainda que os órgãos de fomento e avaliação passem a valorizar mais a qualidade e não a quantidade da produção acadêmica dos professores. Quando perguntado sobre o perfil do estudante de engenharia nos dias de hoje, Alberto Sayão comenta as implicações da facilidade atual de acesso à internet e do uso cada vez mais frequente de softwares de engenharia que fazem, em segundos, o que antes era feito à mão, mais lentamente. Diante desta nova realidade, o ex-presidente da ABMS ressalta que o desafio dos professores é estimular o espírito crítico e promover discussões técnicas em sala de aula sobre assuntos relevantes e atuais da engenharia. "A metodologia de aula está mudando", diz Sayão. Hoje as aulas precisam ser muito menos expositivas e mais comentadas, mais dinâmicas, com apresentação de imagens e casos reais de obras importantes, "com vantagens evidentes para os estudantes de hoje, que podem conhecer detalhes das grandes obras de engenharia civil sem sair da sala de aula". Leia aqui a íntegra da entrevista.  

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