Projeto de obra no Morro do Boi (SC) é premiado
Um projeto de obra no Morro do Boi, encosta localizada na rodovia BR-101, próxima a Balneário Camboriú (SC), ganhou o Prêmio José Machado da ABMS de melhor projeto geotécnico. De autoria de Alessander Kormann (secretário-geral da ABMS), Felippe Gobbi (presidente do Núcleo Regional Rio Grande do Sul da ABMS), Liamara Paglia Sestrem, José Henrique Ferronato Pretto, Victor E. L. B. de Camargo e Sergio Setsuo Asakawa, o projeto mereceu o prêmio por seu caráter inovador no tratamento de encostas sujeitas a deslizamentos. Na foto à esquerda, Alessander Kormann.
"O trabalho realizado no Morro do Boi foi bastante diferenciado, principalmente do ponto de vista da instrumentação geotécnica utilizada. Isso motivou a equipe que estava participando do projeto a realizar a inscrição para o Prêmio", explica Alessander Kormann. O trabalho recebeu o seguinte título: "Estabilização e monitoramento de encosta: o caso do Morro do Boi, BR-101 Sul".
Para Kormann, o sentimento de receber o Prêmio durante uma reunião do Conselho Diretor da ABMS (do qual também participa) foi de gratificação. "Tudo que envolve a realização de obras técnicas no Brasil é extremamente difícil para os profissionais. Estamos sempre na luta para pôr os projetos em prática a favor do avanço da engenharia", diz Kormann. "Por isso, ter os nossos esforços reconhecidos com o recebimento de um prêmio é sempre uma satisfação".
Ainda de acordo com o secretário-geral da ABMS, a intenção agora é divulgar as novidades do projeto para a comunidade técnica. "Ainda não organizamos uma palestra para apresentar o trabalho, mas temos vontade de divulgar. Surgindo a oportunidade, com certeza faremos", declara.
No projeto, que recebeu importante apoio da Autopista Litoral Sul / Arteris e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), foi realizada a instalação de um sistema de proteção de desprendimento de blocos, através de telas ancoradas e solo grampeado, e um extenso sistema de monitoramento, constituído por piezômetros, tensiômetros, inclinômetros, crackmeters, células de carga e pluviógrafo. As soluções escolhidas também levaram em conta o tráfego na rodovia. "Procurou-se minimizar os impactos no tráfego durante a obra", conta Alessander.
Segundo os autores, "(...) com base em uma campanha completa de investigações geotécnicas envolvendo ensaios de laboratório (caracterização e resistência) e de campo (sondagens mistas, geofísica e permeabilidade), foi possível melhorar o entendimento da estratigrafia e das descontinuidades existentes no embasamento rochoso, fornecendo subsídios importantes para as análises do comportamento tensão x deformação do nível de segurança da obra".
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