ABMS 75 anos: Alessander Kormann reflete sobre a importância da ABMS como espaço de aprendizado e rede profissional - ABMS
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ABMS 75 anos: Alessander Kormann reflete sobre a importância da ABMS como espaço de aprendizado e rede profissional

18/07/2025

Alessander Kormann, presidente da ABMS entre 2017 e 2018, construiu uma trajetória que integra pesquisa, ensino, inovação e empreendedorismo profissional em geotecnia. À frente da entidade, assumiu o compromisso de modernizar seus processos e ampliar a articulação da geotecnia no Brasil e no exterior. Sua gestão foi marcada por iniciativas pioneiras, como a digitalização dos serviços da ABMS e reestruturação do Conselho Fiscal, fortalecendo a transparência e a eficiência da associação.

Início na geotecnia

Kormann formou-se engenheiro civil pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 1989, atraído por física e matemática desde criança. Após atuar brevemente na construção civil, percebeu na geotecnia uma disciplina promissora para um caminho mais inovador. Inspirado por uma palestra de professor da COPPE e um relatório técnico sobre as fundações de Angra dos Reis, ele ingressou, em 1990, no mestrado na PUC-Rio. A instituição tinha professores, muitos deles pós-graduados no exterior, cuja visão científica abriu-lhe os horizontes. Kormann, mais adiante, fez seu doutorado na Escola Politécnica da USP, tendo como orientador Faiçal Massad, presidente da ABMS 1986-1988.

Filiado à ABMS desde o mestrado, Kormann foi atraído por eventos técnicos no Núcleo Rio de Janeiro. “As palestras eram brilhantes. Sonhava em alcançar aquele nível”, conta.

Em 1995, tornou-se professor de geotecnia na Universidade Federal do Paraná após um concurso público. Aproximou-se então do engenheiro e professor Paulo Chamecki, que revitalizava o Núcleo Regional Paraná-Santa Catarina da ABMS. Em 1996, foi secretário e, em 1998, presidente do Núcleo Paraná-Santa Catarina.

Presidência na ABMS

Na ABMS Nacional, foi secretário executivo com Waldemar Hachich (2000-2004), organizando o COBRAMSEG 2006 em Curitiba, e secretário-geral com Alberto Sayão (2006-2008) e André Assis (2012-2016). Eleito presidente em 2016 para o biênio 2017-2018, sua gestão integrou um período de esforços em linha com as ações de seus antecessores, em que houve um crescimento relevante no número de associados da entidade. 

Em sua gestão, Kormann priorizou a digitalização, com o contínuo desenvolvimento da biblioteca digital, sistemas administrativos e carteirinha digital via aplicativo. “A digitalização modernizou a associação”, afirma. Fortaleceu parcerias com associações no Brasil e alinhou a ABMS com a ISSMGE, tendo formalmente apoiado Charles Ng na disputada e vitoriosa campanha à presidência da sociedade internacional. Sua gestão também colaborou ativamente na execução do COBRAMSEG 2018 de Salvador, organizado pelo Núcleo Regional Bahia.

Um marco de sua gestão foi a reestruturação do Conselho Fiscal da ABMS. Kormann desenvolveu diretrizes claras, com relatórios padronizados, para aumentar a transparência e a efetividade do conselho. “Criamos mecanismos para que a diretoria reportasse ao Conselho Fiscal de forma estruturada, tornando-o mais ativo”, explica. Essas medidas foram mantidas por gestões futuras.

Para Kormann, a ABMS foi essencial na sua trajetória, oferecendo um ambiente de troca técnica e networking que moldou sua carreira. “A associação me conectou a profissionais brilhantes e abriu portas para o crescimento acadêmico e o empreendedorismo”, diz. 

Para jovens engenheiros, acredita-se que a ABMS é um espaço de aprendizado e inspiração, promovendo eventos, comissões técnicas e parcerias que integram teoria e prática. “Ela oxigena ideias e cria oportunidades para enfrentar desafios técnicos e sociais”, destaca.

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