Francis Bogossian é reeleito para presidência da Academia Nacional de Engenharia

O engenheiro Francis Bogossian foi reeleito, por unanimidade, como presidente da Academia Nacional de Engenharia (ANE). Ele já ocupa o cargo desde 2017 e agora assume até 2023. Na próxima gestão, Bogossian, que também já presidiu a ABMS, pretende dar continuidade às ações de valorização da engenharia brasileira, de estímulo ao desenvolvimento de iniciativas que contribuam para o crescimento do país e às ações de divulgação da Academia. "Acredito que a reeleição mostra que estamos no caminho certo", afirma o engenheiro. "Mas ainda tem muito a ser feito".
No âmbito pessoal, Bogossian sente-se gratificado pelo reconhecimento ao trabalho que tem desenvolvido ao longo de toda a trajetória profissional. "Gosto de agregar, de ouvir opiniões e acho que a reeleição mostra que essas atitudes estão corretas".
Conquistas
À frente da ANE desde 2017, Francis Bogossian, junto à Diretoria que o acompanha, deu passos importantes rumo aos objetivos traçados. A aproximação de entidades nacionais e internacionais foi um deles. O Institution of Civil Engineers, a Real Academia Sueca de Engenharia e a Academia Chinesa de Engenharia são alguns exemplos.
Outra conquista importante foi a elaboração das Novas Diretrizes Curriculares para Engenharia. "Além disso, realizamos, junto com a Academia Nacional de Engenharia dos Estados Unidos (NAE) e a Academia Brasileira de Ciências (ABE), o I Workshop do Programa de Grandes Desafios Estudantis (GCSP), inspirado no Grand Challenges for Engineering. Esse foi o primeiro evento na América Latina", lembra o presidente.
Outros eventos foram organizados durante o triênio 2017-2020. Um deles foi o seminário que debateu aspectos científicos e tecnológicos relacionados à segurança de barragens de rejeitos, realizado em parceria com a Academia Brasileira de Ciência (ABC). "Este seminário resultou em um documento entregue pessoalmente ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque", destaca o presidente.
Outro encontro relevante foi o Workshop Engenharia e Desenvolvimento do Brasil, na USP. "A presença da Academia em outros estados é também importante, pois temos acadêmicos de todo o país e buscamos incentivar cada vez mais essa participação", completa o engenheiro.
Em 2018, a ANE foi convidada para participar da reunião de Academias Internacionais, realizada na Argentina. A entidade foi representada pelo presidente emérito Paulo Augusto Vivacqua, que proferiu palestra sobre o corredor de transporte do Atlântico Sul. "Esse convite mostra que nossa Academia é cada vez mais reconhecida como uma entidade importante para discussão e fomento de ideias para o desenvolvimento da região", ressalta Bogossian.
A ANE
Fundada em 1991, a ANE tem como objetivo promover o debate, a reflexão, a disseminação e a sugestão de ideias e políticas relacionadas à formação e aperfeiçoamento de engenheiros, desenvolvimento de tecnologias e inovação. Além disso, a ANE busca estreitar cada vez mais a relação entre a engenharia e a ciência. A Academia é uma fonte independente de aconselhamento a disposição do governo, da sociedade e da indústria.
A trajetória de Bogossian na Academia Nacional de Engenharia teve início nas gestões de Paulo Vivacqua (2011-2014 e 2014-2017), quando foi vice-presidente. "Ele foi muito feliz em sua gestão, organizou a Academia. Agora minha contribuição é divulgar o trabalho da entidade e consolidar ainda mais o papel e importância da ANE", diz Francis Bogossian.
Integração com a ABMS
A ANE já atua em parceria com a ABMS, especialmente com o Núcleo Rio de Janeiro, onde fica a sede da Academia. "Acredito que esta integração entre as entidades é de fundamental importância para a engenharia brasileira", ressalta Bogossian. "O Núcleo Rio da ABMS sempre convida a ANE para seus eventos. E a Academia, por sua vez, também conta com a participação da ABMS em encontros que envolvem geotecnia".
O futuro da engenharia
Para o presidente da ANE, "o cenário que se desenha para os próximos anos será de muito trabalho, dificuldades e desafios para o país. E tenho certeza de que a ANE tem muito a contribuir para que possamos superar esses obstáculos".
Bogossian destaca que, quando da retomada das obras públicas no país a expectativa é que sejam gerados até um milhão de empregos apenas na área de infraestrutura. "Precisamos estar atentos para que neste contexto, a engenharia nacional, que é altamente qualificada, seja valorizada. Passamos por momentos difíceis, de desvalorização e não podemos deixar isso acontecer. Essa será nossa luta".
Para conhecer mais sobre Francis Bogossian, acesse aqui um breve currículo.
http://abms.com.br/links/FrancisBogossian-CV.pdf Temas relacionados: