Radônio: um risco que precisa ser conhecido no Brasil

A ABMS e a ABGE promoveram, no dia 2 de agosto, em São Paulo, um amplo debate sobre o radônio, gás nobre de propriedades radioativas que pode causar danos à saúde humana. O grande objetivo do encontro consistiu em debater a experiência internacional sobre o tema e discutir sua relevância no cenário brasileiro, tendo em conta a opinião de profissionais da Medicina, Física Nuclear, Saúde Pública, Geologia e Geotecnia. (Na foto, da esquerda para a direita: João Gerônimo,Presidente ABGE, Cássio Roberto da Silva, CPRM, Mauro Gandolla, Universidade da Suíça Italiana - Lugano, Arsenio Negro, presidente ABMS)

O tema foi apresentado de forma didática por Lene Veiga (foto à esquerda), epidemiologista do Instituto de Radioproteção e Dosimetria da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), e por Mauro Gandolla, professor da Universidade da USI-Accademia Architettura (Universidade da Suíça Italiana - Lugano). Após as apresentações dos dois especialistas, representantes das diversas áreas envolvidas participaram de uma mesa-redonda, fazendo comentários e questionamentos a respeito das apresentações. Estiveram presentes na mesa Barbara Paci Mazzilli, pesquisadora do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN); Ubiratan de Paula Santos, pneumologista do Instituto do Coração (INCOR); Maria Eugênia Boscov, professora da Escola Politécnica da USP; Cássio Roberto da Silva, responsável pelo Departamento de Gestão Territorial da CPRM; e Zildete Rocha, coordenador do Laboratório de Radioatividade Natural do CDTN. (Na foto à direita: Maria Eugênia Boscov, Barbara Paci Mazzilli, Zildete Rocha, Ubiratan de Paula Santos)

Segundo Mauro Gandolla (foto à direita), "o Brasil deve utilizar a experiência européia sobre o radônio,aproveitando as lições aprendidas e evitando erros cometidos". Lene Veiga apontou para outra questão não menos importante - "os efeitos à saúde em decorrência da exposição ao radônio devem ser discutidos e é necessária preocupação com a questão, mas não devemos dar um destaque maior do que o real. O problema de câncer de pulmão causado pelo tabaco ainda é muito maior! É importante darmos início às discussões e aos estudos, mas sem exageros".

Segundo o presidente da ABMS, Arsenio Negro, o evento foi muito positivo e a discussão extremamente produtiva. Além de destacar a importância do assunto, disse que foi um grande aprendizado para todos os presentes. Lamentou a ausência de um representante da CETESB, que foi convidada a participar do evento, mas não respondeu ao convite.
Os presentes também puderam participar da discussão, fazendo perguntas e trazendo outras questões ao debate, todas respondidas pelos especialistas presentes. A satisfação foi unânime. (Na foto: participantes do evento)
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